Fórum Sabará 300 Anos, 25 de Agosto de 2011
Potencial Turístico de Sabará é tema neste segundo dia discussões
Na manhã desta quinta-feira, 25 de agosto, segundo dia do Fórum Sabará 300 anos- Turismo e Sustentabilidade, o tema abordado foi o potencial turístico de Sabará. O mediador Luiz Neves, historiador e assessor do SENAC Minas, abriu o debates lembrando que o setor vive, atualmente, uma contradição. Por um lado, nunca se viajou tanto pelo país como agora e as taxas de ocupação da rede hoteleira nunca estiveram tão altas; por outro lado, as instituições de turismo, em todas as esferas, vivem uma crise.
Após elogiar a iniciativa da Câmara de Vereadores por dar à comunidade a oportunidade de ela mesma discutir os seus problemas, o consultor em inovações José Luiz de Almeida Costa, ex. secretário de Desenvolvimento Econômico do município, deu a receita para alavancar o turismo em Sabará: investir no “FIT”- “Felicidade Interna Bruta”, novo valor do século XXI, que veio substituir o PIB (Produto Interno Bruto). “Não existe turismo em lugar de povo triste. O turismo é uma atividade humana, lúdica, de sensações, experiências. O turista vai ao lugar onde ele possa encontrar felicidade”, explicou.
Seguindo essa premissa, José Luiz afirmou que, em Sabará, ainda falta a felicidade do povo. “A cidade deve investir não em bens materiais, mas no seu povo, definido o que faz infeliz seus moradores e solucionar isso. Antes de trazermos os turistas, temos que mostrar que estamos dispostos e aptos a recebê-los”, resumiu.
O jornalista Kiko Vieira, fundador e diretor da Associação Trens de Minas, trouxe para os debates uma proposta concreta para o turismo da cidade: a volta do trem de passageiros, projeto criado em 2003. A medida, em sua opinião, teria o poder de fomentar o turismo em Sabará e nas cidades vizinhas. O projeto inclui ainda a criação da indústria cultural, religiosa e esportiva, tudo para fixar o turista no município. Se viabilizado, o trem turístico e de passageiros, revelou Kiko, geraria para Sabará, anualmente, uma receita de mais de um milhão de reais.
Especialista em Estudos Ambientais, Gestor em Sustentabilidade e professor da faculdade Estácio de Sá, Thiago Abjaud descreveu a geografia turística de Sabará e enfatizou que não faltam atrativos. “A cidade tem atrativos culturais, naturais e históricos ímpares, um calendário de eventos vastíssimos e uma excelente localização, bem próxima à capital mineira”. Por outro lado, também não faltam problemas, como falta de sinalização, degradação ambiental e falta de capacitação profissional.
Para que a cidade comece a dar seus primeiros passos rumo ao desenvolvimento turístico, Thiago Abjaud disse que são necessárias quatro ações fundamentais: mobilização da comunidade, organização de um Plano de Ações, que mostre qual o objetivo da população, criação de um programa de educação específica para o turismo nas escolas e capacitação e treinamento para os prestadores de serviços.
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